Natal: Esse é um tempo de percepções, motivações, desejos,
interpretações e opiniões formadas.
Existem aqueles que interpretam o natal através da rigidez
da história e da força das tradições, outros são extremamente críticos acusando
o natal de ser um pretexto para o consumismo, bebedeiras e glutonarias.
Existem até os teólogos chatos de plantão que vivem pregando
contra o papai Noel, como se precisasse, e desmitificando a data em relação á Cristo
e alguns mais exagerados no seu posicionamento em relação á polêmica festa,
passam o dia mal humorado e se isolando de todos.
Existe também uma parcela significativa da população que
sofre de depressão nesta época, se isola ou bebe ou faz uso de drogas para
aliviar a angustia torturante. Enfim, o natal é tudo para todos: Comida, bebida, dar e ganhar
presente, reformar a casa, oportunidades de se aproximar de pessoas, chance de
ganhar dinheiro, pretexto pra agredir e machucar, oportunidades pra se defender
de posicionamentos teológicos,
celebração do papai Noel, celebração cristã ou lembrar-se de Jesus que estava
esquecido.
Eu também já fiz várias leituras do natal, hoje, porém natal
pra mim significa esperança.
Não uma esperança meramente horizontal: atrelada na vida,
confundida com a sorte, com expectativa nos homens, no governo, na política ou
em nós mesmo vivendo uma esperança humanista.
A esperança que o dia de hoje me faz lembrar é a esperança
atrelada no Cristo de Deus, uma esperança que não traz frustração, vergonha, ansiedade.
É uma esperança que traz paz, sossego pra alma, é a esperança de Habacuque: que
olha para um futuro com prognósticos de medo, dor, tragédia, expectativa de
extermínio, eminencia de aniquilação, e enxerga Deus nele.
É uma esperança que consegue dizer ”ainda”, como Habacuque disse, diante de um futuro incerto e
assustador.