A grandeza e a mediocridade caminham dentro de nós.

domingo, setembro 16, 2012


Gideão e os midianitas são realidades opostas que nós vivenciamos em nós todos os dias.
Os midianitas são o exemplo de grandeza para o lado de fora: um exército grandioso, forte comparado a nuvem de gafanhotos. Sua imagem era aterradora, posto que a quantidade de soldados confundia-se como horizonte, e cobria todo o vale.
Alem disso, seus ataques eram ferozes: saqueavam, destruíam e empobreciam os israelitas. Tais ações intermitentes: traumatizaram os israelitas, provocando pânico, terror, desesperança e dor.
Note que tudo no que se refere aos midianitas acontece por fora, são existências e ações externas, visíveis, ostentadoras, imagens fortes para os olhos.
Mas por dentro os midianitas são frágeis, e Deus revela isso através do sonho do soldado midianita. No sonho um pão de cevada, derruba uma barraca (tenda) midianita.
O psiquismo humano através do sonho revela os segredos do inconsciente pessoal e coletivo como: temores, ansiedades, frustrações, aspirações, desejos, neuroses, fraquezas, vergonhas e etc. Assim, o verdadeiro midianita aparece através do sonho: um povo frustrado, ansioso, recalcado, escravo de um mecanismo de defesa que funcionava sempre trazendo compensação através da violência e da disseminação do terror.
Deus revelou para Gideão a fraqueza dos midianitas, essa fraqueza uma vez exposta, fortaleceu Gideão.
Por outro lado Gideão é símbolo da franqueza externa: a família menos expressiva de Israel, e Gideão por sua vez era o menor de sua casa. Alem disso, Gideão trazia o histórico de um lar corrompido e enfraquecido pela idolatria, trazia também um exercito reduzido e estranho – postura de cachorro – alem disso, próprio Gideão estava extremamente fraco, amedrontado, amargurado, apreensivo, e inseguro na vida.
Deus faz um trabalho profundo de fortalecimento em Gideão. Aumentando a sua auto-estima, firmando os seus pés emocionas em cima da base sólida da sua palavra, e mostrando com fatos e com ações sobrenaturais a certeza da vitoria. E principalmente fez Gideão enxergar que os midianitas não lhe viam como ele mesmo se via: incapaz, frágil, derrotado. Muito pelo contrario, Gideão aprende que muitas vezes somos vistos de forma positiva, forte e até ameaçadora pelos olhares e percepções externas.
Assim, Gideão passa a ser forte por dentro e com aparência frágil por fora. E os midianitas fortes por fora, mas carregando uma mediocridade, uma fraqueza profunda por dentro.
Graças a Deus que foram os valores de dentro que prevaleceram que foram vitoriosos.
Cristo está dentro de cada um de nós pelo Espírito Santo, fazendo-nos: fortes, saudáveis, limpos de coração, justos, benignos, longânimes, pacíficos, cheios de amor e de fá. Muito embora frágeis, inexpressivos, sem aparência, ambíguos, por fora; mas fortes por dentro.
Somos gideões, fortes pelo que Deus fez em nós e não pela força midianita da aparência.

Marcio Oliveira

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