Vida de Cativeiro

segunda-feira, outubro 01, 2012

É interessante lendo o final do livro de Jó, perceber que o estado de perdas que Jó vivenciava, era uma estado de cativeiro (Jó.42.10)..
Assim foi descrito pelo autor, utilizando um substantivo feminino da língua hebraica que significa: exílio, prisioneiro, cativo, essa palavra denota um estado de exílio, como um ser tomado como despojo de guerra . 

o termo hebraico tem dois sentidos muito fortes: O primeiro sentido é de alguém que foi levado cativo, como espólio de guerra, por um exercito inimigo, e o segundo sentido mais forte  é a ação de Deus libertadora, que resgata seus filhos cativos, das mãos de seus inimigos.

Assim, o que se vê, é um homem refém das perdas, da desgraça, da escassez. Mas o que se tem de mais forte do drama de Jó, são as implicações emocionais deste cativeiro, por que são as percepções emocionais que dão força, dramaticidade, textura, paixão, e poesia em todo o seu drama de vida.
Sim, Jó era um cativo emocional, de um sentimento de dor, sem precedentes. Sua alma se debatia em cativeiro, presa por uma angustia galopante, seus sentimento eram reféns dos seus pensamentos depressivos, e vice versa.
As indignações sem respostas eram suas cadeias e algemas constantes, atadas em sua razão, e a pressão externa exercidas pelos seus amigos eram como torturas - como nos tempos da ditadura - magoando, ferindo, fraturando a alma de Jó..

Assim, quando ele ora, - e a oração foi só mais um detalhe, posto que jà estava determinado por Deus o fim daquele suplicio -, desencadeou uma libertação sem precedentes em sua vida.
Que você tenha da parte dEle uma virada de cativeiro, nesse tempo.

Nele que sempre vira os nossos cativeiros.


Marcio Oliveira

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