Escolha dos olhos, escolhas do coração
quarta-feira, janeiro 27, 2016
Génesis 13:14
"E disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta agora os olhos, e olha desde o lugar onde estás, para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente"
Abrão não consultou a Deus para tomar a decisão vista aqui no texto. Ele agiu com bom senso, altruísmo, amor e pacificação. Tais virtudes (na ausência de revelação e/ou de palavra profética), são um garantidor de uma decisão acertada na vida.
E quando Ló partiu, parecia que Abrão tinha escolhido a pior parte. Parecia que Abrão tinha perdido. É quando em nome da paz, da amizade, do bom testemunho, ficamos com o prejuízo. Quando se faz o bem, como fez Abrão e fica em desvantagem, com prejuízo no final, um desgosto, uma amargura e uma sensação de injustiça inundam o coração. É a crise de Asafe. É quando se começa a questionar se vale a pena fazer o bem. Quando os maus, mesmo fazendo o mau, prosperam.
Deus esperou Ló partir, para consolar Abraão. O bem foi reconhecido, o bem foi gratificado, o bem foi honrado, o bem prevaleceu. Aqui se aprende o quanto vale a pena ser justo, ser honrado, ser honesto, ser íntegro, ser bondoso, ser um pacificador e ser altruísta. Aqui se aprende também, que ninguém perde por abrir mão de alguma vantagem, algum bem, algum direito, em nome da justiça. Disse Jesus : "Quem achar a sua vida, perdê-la-á, porém, quem perder a sua vida, achá-la-á ".
Além disso, o melhor não é necessariamente o que faz saltar os olhos (as belas campinas do Jordão), o melhor é o que recebemos ou conquistamos, podendo ser belo e confortável, mas acima de tudo, com lisura, honestidade e bondade. Pois tais aquisições, tais conquistas acontecem em paz, com a consciência tranquila.
A terra que Ló escolheu era imediatamente bela, e o que é belo a primeira vista, é o que encanta de imediato, é o agora, é o hoje, é a pressa é o imediatismo deste mundo. Já as terras de Abrão eram promessas, eram belas pelo que podiam produzir para o futuro, eram belas em Deus. A escolha de Ló foi segundo o mundo: "a concupiscência dos olhos, a soberba da vida e a cobiça da carne." A escolha de Abrão , que não foi escolha, mas o receber do que ficou, do que sobrou, foi a escolha segundo Deus.
Assim, é melhor ficar nas coisas humildes, menos luxuosa e simples, mas que Deus esteja nelas e com elas e sejam elas da vontade de Deus para nós. Porém, quem ficar com as belas, luxuosas e altamente vantajosas, certamente estarão sem Deus.
0 comentários